sábado, 17 de setembro de 2011

Um Post Sobre Assaltos


 Após um tempo sem novas postagens, em parte por uma completa falta de idéias, resolvi retornar para compartilhar com vocês a emoção do meu primeiro (e espero que seja o único) assalto. Sim, esse doce e inesquecível momento caracterizado por uma imposição sugestiva de que você deve entregar todos os seus pertences a um desconhecido sob pena de “levar um papoco”.  Pude perceber que ao menos, das mais variadas formas desse crime acontecer, em meu caso não ocorreu o uso da excessiva violência. E o mais importante, ele só levou meu celular. A vida (e minha carteira, que não tinha um centavo, mas continha todos meus documentos) ainda continuam intactas. E sobre a carteira, eu realmente ainda atribuo ao meu extraordinário hábito de chamar estranhos de “campeão” o fato de não ter sido levada.
Mas bem, decorrente do período pós-assalto, temos algumas peculiaridades que realmente perseguem a qualquer vítima desse delito. E a primeira dessas peculiaridades com certeza é o trauma. Ter que passar sempre pelo caminho onde você foi abordado pode te deixar bem inseguro.  E principalmente aos homens: ser assaltado por vezes acaba sendo vergonhoso. Já devo ter mencionado isso antes, mas quando se é assaltado por alguém que não põe uma arma na sua cabeça, parece que quem perde a dignidade é você, não o bandido. De uma hora pra outra  torna-se o motivo de piada de muitas pessoas (da próxima vez que for contar a história, vou dizer que eram três caras, dois deles armados de escopeta).
E por algum motivo, há algo de positivo nisso tudo. Mudar meu número de telefone já me trouxe alguma sorte e eu realmente estava pensando sobre o que escrever. Bem, já temos mais um post não? E o principal: Vão-se os anéis, ficam-se os dedos. E as unhas continuarão a crescer,espero.                                

domingo, 4 de setembro de 2011

Sobre Velhinhos, Velhice e Envelhecer


Há quem trate os idosos com verdadeiro desprezo, total impaciência e incompreensão. Há quem os trate como crianças ou adultos retardados . As duas idéias estão erradas. Idosos devem na verdade ser as pessoas mais incríveis que a humanidade pode produzir, pois conseguiram em um mundo tão turbulento e cheio de doenças, violência e revolta chegar ao fim da vida propriamente dita e isso merece todo o crédito do mundo. Eles guardam uma experiência que nenhum de nós poderia encontrar nos livros e menos ainda na novela das nove.
Eles viveram em tempos onde ser jovem era algo talvez mais perigoso, sem oportunidade e sem liberdade que hoje. Provavelmente sofreram, amaram e trabalharam tanto ou muito mais do que nós todos juntos e ainda estão ali vivos para contar suas histórias, mesmo que a maioria nem esteja disposta a ouvi-la.
E o que eu acho mais interessante nisso tudo é o quanto as pessoas mais jovens desprezam essa vivência. Porque acabamos ignorando muitas vezes que aquele senhorzinho de cabelos brancos sentado na cadeira de balanço pode muito bem ter sido um caçador de ursos polares ou um matador de nazi-fascistas por exemplo, muito mais corajoso que você ou que sua avó pode ter sido a primeira mulher a fazer topless na cidade, mesmo que hoje essa possa não ser a melhor visão do mundo, e eles teriam ótimas histórias para contar, mas você as perde porque prefere a novela das nove e seus personagens fúteis e de nomes estranhos.