O mundo é desde um bom tempo essa bola azul, repleta de
beleza e de problemas. E desde sempre o ser humano buscou uma forma de escapar
aos dissabores da vida, embora as ideias por mais variadas que tiveram com esse fim, muitas vezes não fossem as melhores.
Logo alguém se
cansou do tédio e resolveu rabiscar umas paredes na caverna, mas os domingos
continuaram ficando cada vez mais chatos e a coisa chegou ao nível onde uma
galera se reunia regularmente para assistir algum estrangeiro ser devorado por
um leão, cavaleiros se matando ou vinte duas pessoas correndo atrás de uma só
bola, talvez para tentar esquecer de suas próprias mães, que ao julgar pelo que
a torcida sempre grita, não são as melhores criaturas do mundo.
Mas no meio de tudo
isso e antes de que o Faustão começasse a caminhar sobre a Terra, apareceram as
artes, a literatura, a música. E é claro, o cinema. Essa caixa de surpresas, o
retrato da vida, o devaneio, o riso e a lágrima, a alegria e também o
arrependimento eterno de ter gasto dinheiro para assistir Ted no cinema, tudo
isso em um só lugar.
Poucas pessoas vão
saber precisar o porquê de gostar tanto da Sétima Arte. Particularmente gosto da forma com a
qual a mentira consegue ser real, do quanto qualquer coisa pode virar realidade
diante dos seus olhos e te prova assim, que de alguma maneira existem, por
estar ali, na sua frente. E gosto dessa possibilidade constante de um dia
fazerem um filme estrelado por uma lhama. Ela usaria uma bandoleira e trajes
militares e teria habilidade para matar terroristas usando apenas um rolo de
papel higiênico. Mas ainda não sei quem seria o ator ideal para dublá-la.
Isso sem contar que
no fundo, a vida aqui fora é um imenso cinema, uma adaptação de um livro
extenso e imprevisível ao qual chamamos de vida. Um lugar onde sonho, realidade
e cenas sem sentido aparente se misturam, tipo aquela vez que dois malucos
estavam brigando no meio da avenida utilizando as pedras soltas do meio-fio.
Por tudo isso e
muito mais, a postagem de hoje trata de cinema. Uma coisa que o Faustão,
palhaços de lanchonete ou o prejuízo que tive assistindo Ted no cinema nunca
irão conseguir estragar. E estou disposto a roteirizar a história da lhama,
sério.
Nenhum comentário:
Postar um comentário