Clarisse. Uma moça como todas as outras. Uma menina que faz sapateado como todas as outras. que escuta blues como todas as outras. Que assiste a filmes do Godard como todas as outras. Que joga xadrez e toda tarde ao chegar da escola, vai para o quintal, acomoda-se em uma árvore e põe-se a ler livros de Shakespeare como todas as outras. Mas as outras meninas não gostam de ganhar flores. E talvez ela não seja assim tão comum.
Mandei flores para Clarisse, mas as flores murcharam sem que ela as visse. Despencou da árvore e morrera ontem. Mudei de ideia novamente. Clarisse é tão comum que morreu, como sempre morre todo mundo.
Gostei do texto. Pequeno mas expressa muito mais do que um grande poderia expressar. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado! É realmente um textículo.
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