Domingo é em consenso um dia muito chato. Talvez o Faustão
não concorde muito com isso, talvez. Domingo é dia de se fazer besteira, olhar
o ponteiro do relógio girar, não pensar em nada além de combinações absurdas de
jogos de futebol do campeonato brasileiro, onde vemos frequentemente times que
não devem ter torcedor algum em um raio de 1000 km se confrontando ao vivo e em
19 canais diferentes, assistir filmes excessivamente repetidos ou alguma
categoria de automobilismo onde o Rubinho continua tentando negar que muito
melhor seria desistir de tudo e montar um posto de gasolina no meio de alguma
estrada da Amazônia, afinal se for para ver outros carros passando por ele eternamente,
que seja ao menos pago para isso.
São também aos
domingos que temos as ideias mais absurdas como caminhar até a praia distante
10 km de casa ou criar e alimentar blogs sem significado e de temática
indefinida. É dia de levar nãos e foras colossais que te fazem tomar porres de
suco de maracujá, que provocarão quedas de pressão ao nível de você só acordar no
pronto-socorro, com uma injeção de adrenalina direto no peito. É quando
acordamos de manhã e ao abrir o portão do quintal damos de cara com um homem
adulto de 150 quilos sem camisa, deslizando de barriga para baixo de um lado
para o outro no piso molhado.
E são justamente
essas coisas que fazem do domingo um dia importante, apesar de tudo (talvez não
essas coisas, mas são elas que acontecem o tempo todo). Domingo é para se descansar,
já que até Deus descansou. E aposto que nessa folga aproveitaram para criar os
programas dominicais da TV, só pode.
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