sábado, 27 de agosto de 2011

Coisas Que Ninguém Entende: Sobre o Amor


E de todas as coisas que eu não entendo e que mais me tiram do sério, o que acho mais louco é o amor. E não é louco do tipo uma noite de sexta-feira com loiras gêmeas e bêbadas, e sim em um sentido mais insano (ainda) da palavra, como um hospital público no feriado do carnaval. Porque veja só, de todos os acontecimentos que podem decorrer na sua vida o amor provavelmente é aquele que talvez dependa menos de você para ocorrer. Ao desejarmos um emprego, por exemplo, mandamos uns currículos, separamos aquela roupinha melhor e se nos sairmos bem nas entrevistas acabamos por conseguir. Caso se queira tirar nota boa em uma prova, estuda-se. Se o problema for falta do que fazer, cria-se um blog. Mas quando é o amor que está em jogo, tudo complica.
Complica porque nos vemos de repente em dependência de diversos fatores. E sua personalidade provavelmente já está tão formada que você talvez seja o de menos nesse processo. Vai tudo decorrer de coisas simples e que realmente não dá para se pensar (e não deveria mesmo), pois se analisarmos tudo fará diferença. O amarrar de sapatos, a fila do supermercado, o velório da tia, o atropelamento do seu cachorro, o atraso no trabalho, ou o trabalho que você nem tem. Infinitas possibilidades. Mas tudo obra do acaso.
E onde ficamos nisso? No lugar onde deveríamos estar e no momento em que deveríamos estar, é o que eles dizem. Mas realmente quem se importa com isso, quem tem a paciência de esperar? E é exatamente isso que eu não entendo. Ninguém de certo entende. Mas faz parte da eterna aventura de se viver. Faz, não faz?

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